Assassinato não é uma coisa fácil, mesmo para uma pessoa bem treinada. O principal mandamento bíblico nos é ensinado desde a infância. E mesmo que alguém tenha pensamentos «como seria bom enfiar uma faca em um companheiro e estrangular a namorada que dormiu com o notório companheiro» ou algo mais simples «colocar veneno no professor que não dá crédito» ou algo bem inocente «um concorrente cairia da janela». Mas geralmente esses pensamentos não vão além de fantasias, essa inocente masturbação intelectual. Mesmo aqueles de nós para quem o assassinato é moralmente aceitável têm medo — medo da punição.
Agora imagine que você tem a capacidade de matar todas as pessoas de quem não gosta, e matá-las simplesmente escrevendo o nome delas em um caderno preto e gasto chamado Death Note. Esse caderno é a arma perfeita. Você não precisa comprar armas e afiar facas, procurar cordas e vaporizar venenos de produtos químicos domésticos. Basta saber o nome e a aparência da pessoa que se quer matar, um traço de lápis e em 40 segundos o malfeitor morre de ataque cardíaco e, se não lhe faltar imaginação, a morte pode ser arranjada de forma mais interessante, doença, acidente, suicídio, enfim. Sem impressões digitais, sem arma do crime.
Mas e se alguém tiver a ideia de usar o notebook para fazer mais do que apenas matar os infratores? E se esse alguém se revelar um idealista, pronto para tomar uma decisão pelo mundo inteiro?